sábado, 21 de julho de 2012

Quem não debate a política, perpetua o mau político

Certamente muitas pessoas não querem saber nada referente à política. Porém, infelizmente vivemos em uma democracia que nos impõe ir às urnas para votar. Muitos vão às urnas e anulam o voto.

Comparo isso com alguém que trabalha por quatro anos para poder comprar alimentos finos e saborosos para preparar uma festa, mas no dia do grande evento, desiste de participar da festança.

Isso parece absurdo e impossível de acontecer, porém ao não avaliar em quem votar ou anular o voto, o cidadão estará retirando-se do processo democrático que possibilita dizermos não aos maus políticos, e sim, aos candidatos comprometidos com a coletividade.

Mas, como saber quem merece nosso voto?

Entendo que isso é muito simples. Ao longo de nossas vidas, muito tempo é desperdiçado, por exemplo, diante da televisão, esperando ou usando um transporte público. Para entendermos se um candidato merece nosso voto, basta serem observados três aspectos:

1 - De onde vêm os recursos que mantêm a campanha do candidato – Se a campanha é evidentemente rica com muitas equipes de trabalho, muitos carros, muita propaganda, e isso for incompatível com a renda do candidato, certamente é uma campanha patrocina por outras pessoas interessadas em exercer domínio sobre aquele mandato público. 

É ai que empresas e empresários interferem no processo político. Isso ocorre por que muitas empresas e empresários dependem de desenvolver seus negócios a partir de privilégios concedidos por maus políticos com mandato. Isso ocorre da seguinte forma, o ainda candidato, em sociedade com alguma empresa ou empresário que passam a investir financeiramente naquela campanha, durante o período, que terá duração de três meses. Uma vez eleito, o político trabalhará durante seu mandato de quatro anos para compensar financeiramente aquela empresa ou empresário. Isso ocorre por que muitas empresas e empresários dependem de desenvolver e ampliar seus negócios, a partir de privilégios concedidos por maus políticos. E isso, não se faz com dinheiro do salário do político eleito, mas sim com o dinheiro de nossos impostos.

Como assim?

Veja um exemplo: se uma obra pública custar R$ 10,00 para ser realizada, ela passará a custar R$ 15,00 (quinze reais).

Ou seja, a diferença de R$ 5,00 pagos pelo poder público, custeada com nossos impostos, irá para aquela empresa ou empresário, donos do mandato daquele político. Esse tipo de político nunca terá tempo para deliberar sobre assuntos de nossa rua, nosso bairro e nossa cidade. A prioridade deste tipo de político sempre será voltada para privilegiar aquelas empresas e empresários e negociações financeiras. Isso fica evidenciado a partir de uma rica campanha eleitoral. Lembre-se disso.

2 - Qual é o histórico de trabalho do candidato ao longo da vida – Pedir que o candidato fale sobre seu trabalho ao longo de sua trajetória de vida. É justamente aí que perceberemos se existe desenvoltura do candidato. Se ele não souber explanar sobre com desenvoltura e conteúdo suas realizações, não estará qualificado para exercer um cargo público.

3- Quais são os projetos e propostas do candidato para a cidade – Todos nós sabemos quais são as necessidades coletivas para nosso bairro e para nossa cidade. Sendo assim, devemos saber do candidato quais são seus planos para eliminar ou minimizar os problemas detectados. Se obtivermos respostas evasivas ou sem sentido, constataremos que este não é o candidato ideal para nossa cidade.

Se entendermos que com nosso voto, estamos escalando um candidato, para representar nossos interesses comunitários, em um palco de guerra pelo poder, nossa união deve ser consolidada o quanto antes, sob pena de nossos filhos e netos serem penalizados por administradores nas mais diversas esferas do serviço público, perpetuados por nós.    E E